As Origens dos Nossos Livros

Hoje, com os e-books, alguns nem chegam a imaginar o caminho percorrido pelos livros ao longo da História. Companheiro da escrita, os livros tiveram uma importância gigantesca para a realização de registros históricos, a compilação de leis e divulgação de ideias. A produção de livros chegou a tal ponto que, o século XX foi responsável por uma literatura histórica, superior a de todos os outros séculos juntos.
 Os primeiros meios para a escrita foram tabuletas de argila ou pedra, em seguida veio o 'volumen', que consistia em um cilindro de papiro, que era facilmente transportado. Ele era desenrolado conforme ia sendo lido, algumas vezes um mesmo cilindro continha várias obras, sendo chamado de tomo. Aos poucos o papiro foi substituído pelo pergaminho, que se conservava mais ao longo do tempo, e o volumen foi substituído pelo códex, que era uma compilação de páginas e não mais um rolo, que era mais fácil de costurar, assim, graças ao códex, começou-se a se pensar no livro como objeto, identificando a obra com o livro.
 A consolidação do códex em Roma fez surgir a leitura em público e até mesmo particular, tornando a leitura um ato de lazer, desvinculada do senso prática que possuía. Com isso foram surgindo livrarias, editores e obras mais conhecidas, passando a ter uma grande circulação é por causa dessa circulação que o sucesso da religião cristã chegou onde esta hoje, pois tornou-se fácil distribuir informações em forma escrita.
 Na Idade Média o livro passou a ser considerado um objeto de salvação e foi ai também que surgiu os livros didáticos, destinados para a formação dos religiosos apenas. E nessa mesma época que surge sumários, índices, resumos e os gêneros forma surgindo, como o erótico que era famoso na época e possua uma grande circulação. Mas a invenção mais importante foi a impressão, no século XIV. Consistia da gravação em blocos de madeira do conteúdo de cada página do livro; os blocos eram mergulhados em tinta, e transferido para o papel, produzindo várias cópias. Foi em 1405 na China, por meio de Pi Sheng, a máquina impressora de tipos móveis, mas a técnologia que provocaria uma revolução cultural moderna foi desenvolvida por Johannes Gutenberg, que criou a impresa com tipos móveis.
 Com o surgimento da imprensa desenvolveu-se a técnica da tipografia, da qual dependia a confiabilidade do texto e a capacidade para atingir um grande público. As necessidades do tipo móvel exigiram um novo desenho de letras, na Idade Moderna aparecem livros cada vez mais portáteis, inclusive os livros de bolso e estes livros passam a trazer novos gêneros: o romance, a novela, os almanaques.

Na Idade Contemporânea novas mídias acabam influenciando e relacionando-se com a indústria editoral: os registros sonoros, a fotografia e o cinema. O acabamento dos livros sofre grandes avanços, surgindo assim as edições de luxo. Em fins do século XX surgiu o livro eletrônico, mas ainda é cedo para dizer se o livro eletrônico é um continuador do livro típico ou uma variante, mas como mídia ele vem ganhando espaço, o que de certo modo amedronta os amantes do livro típico, os bibliófilos como nós. 

Fontes: Artigonal, SlideShare, História do Mundo